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IORM – Parte I

Recentemente comentei com alguns amigos que escreveria aqui com mais frequência, escreveria sobre assuntos relacionados ao Exadata e afins. Bom, como podem ver, não deu muito certo. Assumo a culpa, foi um mês corrido, problemas para resolver, bugs, o de sempre da vida de um DBA.

Hoje vou começar uma série de posts sobre o que eu acredito ser uma das funcionalidades mais interessantes do Exadata, o I/O Resource Manager (IORM). Resumindo, para quem não sabe, com o IORM é possível priorizar e categorizar o I/O no Exadata. Como o nome já sugere, é um resource manager.

Mas antes de explicar sobre ele, vamos voltar um pouco. Quando você pensa em Exadata uma palavra que vem sempre a mente é consolidação. Consolidar bases de dados em um único local para aproveitar o máximo de recursos. Essa é uma das vantagens, mas vamos encarar os detalhes.

Em um ambiente de banco de dados normal você tem os servidores de bancos de dados (cuidando basicamente do processamento) e o storage, separados. Se você tiver vários bancos, você faz o que? Separa a carga, correto? E com o storage você faz o que, separa os bancos em Raid Groups diferentes? Luns diferentes para cada base?

Você deve estar se perguntando o que isso tem haver com o Exadata, simples. Lembra da palavrinha consolidação de alguns parágrafos acima? No Exadata além de ter servidores para banco de dados (os database servers), você tem o “storage” (os storage servers). Resumindo, estes últimos entregam o “espaço” para o ASM que estão nos database servers. O conceito de luns como em um storage comum desaparece. Falarei com detalhes isso em outro post.

Com a consolidação, você acaba “puxando” todas as bases para um único local tanto em servidores de banco quanto em storage. Você tem que começar a definir as prioridades sobre as bases de dados evitando assim concorrências entre elas. Como no Exadata você não pode trabalhar da mesma forma como um storage normal (acho que nem seja esse o intuito), você utiliza o IORM para administrar o I/O do seu Exadata. Definindo prioridades e catagorias para o I/O das bases que estão no Exadata.

Bem, o IORM é mais do que isso, a granularidade sobre o I/O é bem maior. Como falei acima, esse é o primeiro post de muitos. Na internet você encontra bastantes detalhes sobre o IORM e o Exadata. Se você tem acesso ao Metalink (sim, sou old school) verifique a nota 1187674.1, lá você encontrará um white paper sobre o Storage Server do Exadata, vale a leitura.

Startup

No TJSC tenho a oportunidade de trabalhar com, vamos dizer assim, com “crème de la creme” no que diz respeito a banco de dados Oracle. Temos um Exadata (tudo bem que é um half, mas é um Exadata).

Em outros posts desdobrarei mais sobre esse assunto, caso queira saber mais você pode encontrar tudo no site da Oracle sobre o Exadata aqui.

No TJSC tento utilizar tudo o que o Exadata me permite, atualmente não posso, mas chegarei lá em breve. Bom, o Exadata me levou a estar em São Paulo na sede da Oracle no dias 19 e 20 deste mês para um breve workshop (falarei mais nos próximos dias).

Acredito que o principal neste tipo de evento é o networking, compartilhar conhecimento com profissionais que trabalham e enfrentam os mesmos problemas que você é ótimo. Neste, tive a oportunidade de conversar com diversos profissionais da Oracle e outros consultores, como Rodrigo Almeida, de onde discutimos diversas idéias (que serão exploradas no futuro acredito eu).

De tudo isso, sai com a convicção da necessidade de colocar este blog em prática. Onde posso ajudar e compartilhar a experiência do Exadata no dia a dia. Algumas idéias ainda serão amadurecidas, mas a semente foi plantada.